Como funciona o corpo humano?

 

Universidade Estadual Paulista

U N E S P

 

 

 

 

 

Como ouvimos o mundo? Saúde da Audição

Silvia Mitiko Nishida

Silke Anna Theresa Weber

Felipe Augusto K de Oliveira

Juliana Troll

Poluição Ambiental

 

O gráfico mostra a relação existente entre a intensidade (dB; volume) do som e a freqüência (Hz; altura). A curva inferior é obtida fazendo uma pessoa escutar um som numa dada freqüência e perguntar-lhe qual a menor intensidade que ela consegue perceber. Esta relação é de tal forma que a nossa orelha é muito sensível para sons cuja freqüência está entre 1 a 2KHz. Para ouvir em freqüências mais altas (agudas) ou baixas (graves) será necessário aumentar o volume.

 

O gráfico mostra também que no limite superior de percepção (quando ouvir o som se torna doloroso) 85dB para sons graves é o limite. Esse limite é menor do que 85dB para os sons agudos. Outra informação do gráfico é a de que somos surdos para sons abaixo de 20Hz (infrassons) e acima de 20.000Hz (ultrassons). Em outras palavras, para o ser humano, a audição é um sentido limitado mas para escutar alguém, graças à anatomia da nossa orelha externa (pavilhão e o meato) captamos melhor sons da fala humana. Isso sugere que a linguagem falada e o sistema auditivo co-evoluíram e, de fato, no processo de aprendizagem da língua falada, a integridade do sentido auditivo é fundamental. A criança que não escuta bem, tem dificuldade para aprender a falar.

 

Que sons são deletérios à nossa saúde?

 

No meio urbano, estamos expostos  a sons de diversos equipamentos motorizado que produz sons de alta intensidade produzidos (de carro, avião, britadeira, furadeira, secador de cabelo, aspirador de pó), buzinas, etc.  A exposição contínua a esses sons de intensidade elevada pode causar desconforto (dor) e irritação. Segundo os fonoaudiólogos e os otorrinolaringologistas (especialistas que trabalham com a saúde da voz e da audição), os prejuízos auditivos dependem do tempo de exposição, da intensidade sonora e da sensibilidade de cada um.

 

Os índices de poluição sonora aceitáveis são estabelecidos pela Lei n.º 1.065 de Maio de 1996 e dependem da zona e do horário do dia conforme as normas da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). Os sons que estão acima de 90dB são extremamente incômodos e os que atingem 120dB, causam-nos dor.

 

A tabela abaixo mostra a intensidade dos sons (nível de pressão sonora) em diferentes ambientes

 

Fonte sonora

Nível de pressão sonora (dB)

Turbina do avião a jato

140

arma de fogo

130 a 140

show de rock a 10m da caixa de som

105 a 120

Walkman no volume 5

95

avenida movimentada

85

Conversação a 1 metro

60

falar sussurando

20

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia, 30 a 35% das perdas auditivas são devidas à exposição a sons intensos e faz um alerta: a intensidade máxima permitida é de 85dB. Mais do que isso a orelha estará correndo riscos sérios de perda auditiva, conforme o tempo de exposição e a intensidade. Leia aqui as campanhas da Sociedade em favor da saúde auditiva.

 

Como posso medir os níveis de pressão sonora no ambiente?

 

Um decibelímetro será o suficiente. Que tal mapearmos o nível de pressão sonora da rua onde você mora durante a noite, da Escola e de alguns aparelhos eletrodomésticos?  

Veja alguns os dados obtidos na cidade de Botucatu e para alguns eletrodomésticos:

 

Locais Arquivo de som Nível de pressão sonora (dB)
Rua Amando de Barros (Botucatu, na altura da Praça do Bosque) na hora do almoço 90
Corredor da Central de Aula, antes do inicio da aula 90
Corredor do Hospital das Clinicas 85
Caldeiras em atividade no setor de lavagem 90
Secador de cabelo 110
Liquidificador 90
Máquina de lavar roupa 70

 

 

Você sabia que há um Programa Nacional de Educação e Controle de Poluição Sonora-SILÊNCIO do IBAMA (Resolução CONAMA nº 2, de 8/3/90)? Um dos objetivos é a de estimular o controle de qualidade na produção de equipamentos eletrodomésticos (como liquidificador, aspirador de pó e secador de cabelo) que funcionem com níveis toleráveis de ruído.

 

Selo Ruído do  IBAMA

http://www.singrafs.org.br/infografs/seguranca/atos.htm

 

Fique de olho: veja o modelo do SELO RUÍDO que os equipamentos testados apresentam. Nos ambientes onde esse controle não é possível, o uso de protetores auriculares é essencial.

 

        


 

Saiba mais: Prevenção de Problemas auditivos (UNIFESP)

                     Sociedade Brasileira de otologia

 

Para baixar

Poster explicativo sobre a fisiologia da audição

 

Assista três vídeos relacionados as perdas auditivas