SAÚDE HUMANA E AMBIENTAL

 

Universidade Estadual Paulista

U N E S P

 

 

 

 

 

Doenças parasitárias

Luciene Maura Mascarini Serra

 

Na natureza há constantes e permanentes interações entre os seres vivos. Essas permanentes interações buscam o equilíbrio entre as espécies e com o meio que os cerca permitem que o Planeta tenha vida. A interdependência das espécies é a regra, porém, em casos especiais, usualmente decorrentes da ação humana, há um desequilíbrio dessa relação que pode resultar em doença. Entre as doenças que afligem a humanidade destacam-se as parasitoses.

 

O processo saúde-doença das parasitoses considera o agente etiológico (quem causa a doença, nesse caso o parasita), o vetor (quem transporta o parasita) e o hospedeiro (quem serve de morada para o parasita) que chamamos de tríade epidemiológica. Além dessa tríade epidemiológica, os fatores geográficos como clima, relevo, solo, hidrografia, a chamada geografia médica e os fatores sociais como moradia, migrações humanas, distribuição e densidade da população, ocupação do espaço urbano, padrão de vida individual e coletivo, aspectos culturais e religiosos, más condições de vida, condições de higiene precárias, são grandemente utilizados como ferramentas no estudo e entendimento do ciclo das parasitoses.

 

O parasita obtém alimento às custas do seu hospedeiro.  A relação do parasita com o hospedeiro tem, portanto, base nutricional. O corpo humano tem microambientes essenciais para o ciclo de vida de vários parasitas, ou seja, é um ambiente ecologicamente vantajoso. Mas como, quando e como o hospedeiro reage aos invasores? Quando o parasita é reconhecido como invasor ou, um elemento estranho ao corpo, o hospedeiro pode elaborar uma resposta imune. É medida do sucesso do parasita a sua capacidade de evadir-se à essa resposta, que tende à eliminá-lo.

 

As moradias humanas produzem numerosos nichos, onde várias espécies animais e vegetais co-habitam. Ao lado dos animais domésticos, devemos considerar os animais domiciliados (sinantrópicos), tais como barata, ratos, morcegos, barbeiros, pulgas, carrapatos.  Esses nichos podem ser naturais quando o homem ou os animais domésticos não estão presentes, por exemplo, nas florestas. Os nichos naturais podem permanecer inalterados até que o homem ou os animais domésticos penetrem nessas locais com os fins mais diversos, desestabilizando a interação entre as espécies,  estabelecendo assim o parasitismo. É o caso da Leishmaniose, que era restrita á áreas florestais, entre os animais e o mosquito e hoje está se tornando uma doença urbana, acometendo o homem e os animais domésticos.

 

A Parasitologia é o estudo dos organismos que passam toda ou, parte de suas vidas como parasitas, dentro ou sobre os organismos. Vamos então estudar grupos de organismos parasitas: os protozoários, os helmintos e os artrópodes de importância para o homem e para os animais.

 

Essas são as principais doenças parasitárias:

 

  1. Doenças causadas por protozoários

  2. Doenças causadas por helmintos

  3. Doenças causadas por artrópodes

  4. Termos parasitológicos

 

Veja alguns exemplos