Na
natureza há constantes e permanentes interações entre os
seres vivos. Essas permanentes interações buscam o
equilíbrio entre as espécies e com o meio que os cerca
permitem que o Planeta tenha vida. A interdependência das
espécies é a regra, porém, em casos especiais, usualmente
decorrentes da ação humana, há um desequilíbrio dessa
relação que pode resultar em doença. Entre as doenças que
afligem a humanidade destacam-se as parasitoses.
O
processo saúde-doença das parasitoses considera o agente
etiológico (quem causa a doença, nesse caso o parasita),
o vetor (quem transporta o parasita) e o
hospedeiro (quem serve de morada para o parasita) que
chamamos de tríade epidemiológica. Além dessa tríade
epidemiológica, os fatores geográficos como clima, relevo,
solo, hidrografia, a chamada geografia médica e os fatores
sociais como moradia, migrações humanas, distribuição e
densidade da população, ocupação do espaço urbano, padrão de
vida individual e coletivo, aspectos culturais e religiosos,
más condições de vida, condições de higiene precárias, são
grandemente utilizados como ferramentas no estudo e
entendimento do ciclo das parasitoses.
O
parasita obtém alimento às custas do seu hospedeiro. A
relação do parasita com o hospedeiro tem, portanto, base
nutricional. O corpo humano tem microambientes essenciais
para o ciclo de vida de vários parasitas, ou seja, é um
ambiente ecologicamente vantajoso. Mas como, quando e como o
hospedeiro reage aos invasores? Quando o parasita é
reconhecido como invasor ou, um elemento estranho ao corpo,
o hospedeiro pode elaborar uma resposta imune. É medida do
sucesso do parasita a sua capacidade de evadir-se à essa
resposta, que tende à eliminá-lo.
As
moradias humanas produzem numerosos nichos, onde várias
espécies animais e vegetais co-habitam. Ao lado dos animais
domésticos, devemos considerar os animais domiciliados
(sinantrópicos), tais como barata, ratos, morcegos,
barbeiros, pulgas, carrapatos. Esses nichos podem ser
naturais quando o homem ou os animais domésticos não estão
presentes, por exemplo, nas florestas. Os nichos naturais
podem permanecer inalterados até que o homem ou os animais
domésticos penetrem nessas locais com os fins mais diversos,
desestabilizando a interação entre as espécies,
estabelecendo assim o parasitismo. É o caso da
Leishmaniose, que era restrita á áreas florestais, entre
os animais e o mosquito e hoje está se tornando uma doença
urbana, acometendo o homem e os animais domésticos.
A
Parasitologia é o estudo dos organismos que passam toda
ou, parte de suas vidas como parasitas, dentro ou sobre os
organismos. Vamos então estudar grupos de organismos
parasitas: os protozoários, os helmintos e os artrópodes de
importância para o homem e para os animais.
Essas
são as principais doenças parasitárias:
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Doenças causadas por protozoários
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Doenças causadas por helmintos
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Doenças causadas por artrópodes
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Termos parasitológicos
Veja alguns exemplos
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