Esta Ordem possui três Famílias: Accipitridae, Pandionidae e Sagittariidae. A fêmea é um pouco maior do que macho e são aves monogâmicas dividindo a tarefa de cuidar da prole: enquanto ela incuba e alimenta os filhotes, o pai caça para a família. No JB ocorrem apenas duas espécies de accipitrideos: o  sovi e o gavião-carijó.

Nome cientifico: Ictinia plumbea

Nome popular: Sovi

Foto: Silvia M. Nishida

O sovi é uma pequena ave de rapina de coloração cinza-ardósia com olhos vermelhos. Quando está de asas abertas exibe cor ferrugem nas pontas das asas.

Alimentação: capturam as presas com os pés (artrópodes e pequenas aves) agarrando-as, firmemente. Transporta a caça ainda viva para um poleiro onde, finalmente, abate com bico e come. Esse sovi foi flagrado no JB caçando uma pequena ave e se alimentando logo em seguida. Clique aqui e veja-o na tentativa de agarrar um cupim com os pés.

Reprodução: formam casais monogâmico sendo que ambos os pais cuidam da prole com dividindo a tarefa: o macho caça e a fêmea incuba os ovos e alimenta a prole. Postura: 1 a 2 ovos.

Forma do Ninho: uma grande plataforma de gravetos construída no alto de uma árvore.

Clique para ouvir a vocalização. Note-se que se parece mais com canto de um pássaro.

O gavião-carijó é uma ave de rapina bastante comum em áreas urbanas.

Alimentação: capturam ártropodos, pequenos roedores e aves, sendo a dieta bastante diversificada.

Reprodução: acasalamento monogâmico. A fêmea incuba os ovos e o macho caça para ambos durante a incubação e a criação dos filhotes. Postura: 1 a 2 ovos.

Forma do Ninho: constroem ninhos no alto das árvores na forma de uma plataforma de gravetos cujo centro é forrada de folhas.

Nome cientifico: Rupornis magnirostris

Nome popular: Gavião-carijó

Foto: Silvia M. Nishida

Essa vocalização pode ser ouvida quando pousada ou em em vôo. Comumente um grita e o outro responde.

Essa Ordem inclui falcões e carcarás possuindo uma única Família: Falconidae. Todos os membros possuem bicos com dentes serrilhados e são de porte pequeno, sendo o maior entre eles, o carcará. Abatem as suas presas com o bico, mas antes as imobiliza com os pés. No JB, além do carcará, registramos o carrapateiro.

Alimentação: captura ectoprasitas (carrapatos) de mamíferos de médio (capivaras) e grande porte (cervídeos e gado doméstico). Ele pousa nos herbívoros que não se incomodam nem um pouco com a ajuda bem vinda.

Reprodução: Formam pares monogâmicos e o macho alimenta a fêmea durante o período de incubação.

Forma do ninho: grande plataforma de gravetos.

O jovem (como o desta foto) lembra o seu parente próximo, o caracará.

Nome cientifico: Milvago chimachima

Nome popular: Carrapateiro

Foto: João Pompeu

Alimentação: Possui amplo espectro de opções: artrópodes e pequenos vertebrados, carcaças de animais além de ninhos de outras aves.

Reprodução: Formam pares monogâmicos sendo que não dá para distinguir quem é macho ou fêmea. Ambos investem no cuidado da prole.

Forma do Ninho: em forma de plataforma feito de gravetos.

Nome cientifico: Caracara plancus

Nome popular: Caracará

Foto: Silvia M. Nishida

Clique aqui e ouça. Viu como o seu nome popular corresponde à onomatopéia? É comum ouvir esses gritos "cara-cara-cara" durante o vôo.

Nesse grupo estão reunidas as aves que caçam à noite: corujas e mochos. As aves de rapina noturnas enxergam muito bem mesmo com baixa luminosidade, tem audição apuradíssima e voam em silêncio. Ao localizarem as presas, as agarra com os pés e os transporta. Na dieta estão artrópodes (gafanhotos, baratas, besouros) e pequenos mamíferos (roedores), aves e répteis.  No JB ocorrem duas espécies da Família Strigidae: a coruja-buraqueira e a corujinha-do-mato.

Alimentação: Caçam artrópodes e pequenos roedores. Como o trato digestório não consegue digerir ossos, penas, pelos, bicos, unhas ou carapaças, são regurgitados na forma de pelotas (foto).

Reprodução: formam casais monogâmicos com ambos dividindo a tarefa de cuidar da prole. A incubação é tarefa exclusivamente feminina e o macho se encarrega de alimentá-la.

Nome cientifico: Athnes cuniicularia

Nome popular: Coruja-buraqueira

Foto: Silvia M. Nishida

Forma dos Ninhos: os ninhos são escavados e mantidos pelo casal;o local de postura é forrado com capim seco.

A aproximação perigosa de potenciais predadores (pessoas e cães) provoca o grito de alarme,  estridente e prolongado.

Alimentação: captura grandes insetos como mariposas e gafanhotos, mas pode fazer da dieta pequenos anfíbios  e roedores.

Reprodução: são aves monogâmicas. A mãe incuba os ovos e o pai cuida da alimentação da família.

Forma dos Ninhos: usam ninhos já existentes de pica-paus ou aproveitam cavidades naturais nos troncos das árvores.

Nome cientifico: Megascops choliba

Nome popular: Corujinha-do-mato

Foto: Sthefan G. Ramos

Assustada, emite uma seqüência de sons acelerados.

Esta Ordem, restrita às Américas, têm hábito necrófago, ou seja, se alimentam de carcaças como os urubús-de-cabeça preta que observamos no JB. Os populares abutres, também necrófagos, pertencem a uma outra Ordem (Falconiformes) e só ocorrem no Velho Mundo.

Nome cientifico: Coragyps atratus

Nome popular: Urubú-de-cabeça-preta

Os urubus são aves  planadoras que atingem altitude usando a corrente de ar quente que sobe. É bastante comum, observar vários deles voando em círculos e subindo cada vez mais para o alto. Possui dois sentidos muito aguçados: visão e olfato que utilizam para encontrar as carcaças. No ar, são ótimos planadores mas no chão, são desengonçados. A sua cara é negra, desprovida de penas com a pele toda enrugada.

Os Cathartiformes NÃO vocalizam.

Alimentação. Os urubus localizam as carcaças de animais mortos por meio do olfato. Seu bico, em forma de gancho, está adaptada para rasgar a carne. Ele pressiona a carcaça com os pés e com o bico corta e remove a carne. Os lixões urbanos tornaram-se fartas fontes de alimentação.