O robusto
cateto
Grandalhão
e muito pesado, é difícil passar desapercebido
O desajeitado cateto, ou porco-do-mato, apresenta ampla distribuição geográfica: é encontrado desde os Estados Unidos até o norte da Argentina, sendo exclusivo das Américas. Habita não somente o cerrado brasileiro, mas também regiões semi-desérticas e de florestas tropicais e de altitude. Essa ampla diversidade de habitats é devida à grande plasticidade de adaptação a diferentes tipos de ambiente.
Apresenta comportamento territorial e de bando, que pode variar de 2 a 30
indivíduos. Isso torna, de certa forma, a vida do cateto mais segura,
à medida que o grupo serve como proteção contra a predação.
Organizam-se em subgrupos para se alimentarem (dependendo do tamanho da área
que o bando ocupa), sendo que no fim do dia voltam a formam um único
bando. Durante o dia, não é difícil flagrar vários
deles descansando às sombras das árvores, fugindo do calor escaldante
dos cerrados.
E por falar em alimentação, o porco-do-mato se alimenta principalmente
de vegetais, folhas, sementes, frutos e raízes. Como complemento, costuma
se deliciar com alguns pequenos invertebrados.
O tempo médio de vida desse animal é de 15 anos, em condições
naturais, podendo chegar a 24 anos quando criado em cativeiro. Pode se reproduzir
praticamente durante todo o ano, podendo gerar até quatros filhotes
em cada cria. Depois de 8 dias do nascimento da prole, apenas, a fêmea
já inicia um novo período fértil! Os filhotes acompanham
a mãe já no primeiro dia de vida, e os pêlos – que
lhes dão a característica de adultos – aparecem por volta
dos 75 dias. os machos tornam-se aptos a se reproduzir a partir do 1º
ano de vida, e as fêmeas pouco antes disso.
Infelizmente, a caça, o desmatamento e a fragmentação
dos ecossistemas que abrigam a espécie vêm contribuindo para
a diminuição no número de catetos existentes, assim como
de muitas espécies que convivem com os mesmos. Como medida de conservação,
além de impedir as ações citadas anteriormente, pode-se
estimular a diversificação da produção rural.
Além de ajudar o meio ambiente, o criador rural ainda sai no lucro.
A criação de catetos, regulamentada e autorizada pelo Ibama,
tem se mostrado uma prática lucrativa. A carne é bastante utilizada
em restaurantes especializados e o couro possui um bom valor de mercado.