A solidão das Pacas
Tímidas
e caseiras
A solitária e caseira paca não gosta muito de se relacionar membros de sua espécie. Passa o dia todo na sua toca, que chega a ter 2 metros de profundidade, no máximo, saindo apenas à noite para se alimentar. Possuem tamanho que varia de 60 a 80 cm; seus pêlos, duros e de coloração marrom-avermelhada, são manchados de branco no dorso, formando 4 fileiras longitudinalmente. Possuem, ainda, quatro dedos nas patas dianteiras e cinco nas traseiras, e sua cauda, muito pequena, é meramente vestigial.
É basicamente herbívora, e seus alimentos preferidos são frutos, tubérculos, raízes e folhas. Agricultores acabam caçando-a, com o pretexto de que atacam plantações de cana-de-açúcar e milho. Porém, dificilmente causam danos a culturas grandes, já que não formam bandos. Temos que convir que as pacas, tanto por seus tamanhos e por agirem solitariamente, não fariam tanto estrago em uma grande plantação de cana-de-açúcar ou milho...
Vivem em florestas próximas a cursos d’água. Essa preferência por regiões com córregos ou rios estreitos se deve ao fato de que são excelentes nadadoras, podendo, assim, se refugiarem na água quando algum predador terrestre se aproximar. Podem ser vistas desde a América Central, no México, até o Paraguai.
O período de gestação não chega a 4 meses, sendo que de cada parição, que ocorre dentro de uma toca construída pela mãe, nasce apenas 1 filhote. Fêmeas começam a se reproduzir com 1 ano de idade. O período de vida das pacas é relativamente longo, sendo que o máximo já observado é de 18 anos!
A paca é
muito procurada em restaurantes especializados, sendo sua carne classificada
como a mais saborosa dentre os animais nativos. Além disso, a é
também comercializada como animal de estimação, o que
contribui para a caça desses pequenos e solitários animais que
habitam nossos cerrados.