Os invasores teiús
Espécie considerada invasora, se adaptou muito bem ao clima do
cerrado
O lagarto teiú, característico do Brasil, Argentina e Uruguai, apresenta um corpo cilíndrico, membros e cauda longos e robusto. Chegam a 45 cm de comprimento, sendo que os machos são um pouco maiores que as fêmeas. Sua bela coloração dorsal consiste de listras que alternam entre negras e claras, com pontos pretos e cinzas. A região ventral é clara, com listras escuras.
É possível encontra-lo em regiões de vegetação baixa e próximos a rochas, em regiões de cerrado aberto, sempre de dia. Á noite se recolhem. São onívoros, sendo que um dos grandes problemas de invasão é o fato de se alimentarem de ovos de aves, podendo desequilibrar o ecossistema. Predam ainda ovos de tartaruga, podendo prejudicar a reprodução das mesmas. Por se alimentarem também de frutos, são importantes dispersores de sementes, principalmente de cajá e caju. Alimentam-se também de pequenos insetos, roedores, gastrópodes e outros artrópodes, sendo fundamental no controle populacional desses animais.
Falando de reprodução, na desova ocorrem de 30 a 36 ovos por postura, os quais eclodem depois 2 a 3 meses de incubação. Apresentam hábito canibalista sobre ovos e recém-nascidos.
A espécie trata-se de invasora. Militares que trabalhavam na ilha de Fernando de Noronha levaram , na década de 1950, dois casais de teiú para a ilha na esperança de que pudessem controlar a população de ratos. O problema é que o teiú tem hábito diurno, e os ratos, noturno. O efeito esperado pelos militares não ocorreu, os casais se reproduziram, o teiú se adaptou muito bem à ilha e a população cresceu desenfreadamente, sendo caracterizada como invasora.
Como uso econômico,
podem-se citar a produção de couro (bastante explorada na Argentina)
e o gastronômico, sendo considerada carne de boa qualidade com baixo
colesterol.