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FOTOSSÍNTESE E CADEIA ALIMENTAR |
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Virginia Sanches Uieda Conceitos básicos |
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Conceitos básicos
Como estudar uma teia alimentar
Exemplo de uma teia de riacho
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Cadeia e Teia alimentar
Você, como a maioria dos animais, consegue viver graças à ENERGIA que adquire a partir dos alimentos que consome. Esta energia dá a capacidade ao seu corpo de executar todas as funções necessárias para sua sobrevivência. Esta energia é transferida ao longo de uma cadeia ou de uma teia alimentar.
Alguns exemplos de transferência de energia que ocorrem em um riacho são apresentados abaixo. Nestes exemplos você tem “o que é comido” (o alimento) ligado a “quem o consome” através de setas, que indicam o caminho que segue a energia, ou seja, “do que para quem”.
A Cadeia alimentar é linear, simples e com transferência unidirecional de energia. A Teia alimentar é não linear, mais complexa, semelhante a uma "teia de aranha", com transferência de energia em várias direções.
Você saberia dizer qual dos exemplos abaixo representa uma CADEIA alimentar e qual representa uma TEIA alimentar?
As cadeias e teias podem ser de dois tipos: de pastejo e de detritos.
Cadeia ou teia de pastejo, onde a base, ou a energia que sustenta a cadeia, são as plantas (autótrofos), consumidas por herbívoros pastadores, por sua vez consumidos por carnívoros.
Cadeia ou teia de detritos, onde a base é a matéria orgânica não viva, decorrente da decomposição de corpos de vegetais e de animais e seus excrementos. Esta matéria é processada por microorganismos decompositores (fungos e bactérias), que a liberam na forma de nutrientes para as plantas, ou na forma de detritos que serão consumidos por organismos detritívoros, por sua vez consumidos por carnívoros.
Normalmente na natureza estes dois tipos estão interligados.
TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA
Como dissemos anteriormente, ENERGIA é definida como a capacidade de executar trabalho. O comportamento da energia na natureza segue duas LEIS NATURAIS, que se aplicam a todos os sistemas biológicos.
Leis da termodinâmica (http://nautilus.fis.uc.pt/molecularium/pt/histerm/index.html)
1ª Lei da conservação de energia: a energia pode ser transformada de uma forma para outra, mas não pode ser criada nem destruída. Por exemplo, a luz é uma forma de energia que pode ser transformada em trabalho, em calor ou em alimento, mas nunca pode ser destruída, seja no seu estado natural, seja nos estados em que é transformada. 2ª Lei da entropia (em = “em”, trope = “transformação”): o processo de transformação da energia de um estado para outro não é 100% eficiente, ou seja, na transformação parte da energia de origem é dispersada sob a forma de energia térmica (calor, não disponível para consumo).
Veja as duas leis no exemplo abaixo:
A fonte de energia que sustenta a transferência de energia em toda as cadeias e teias alimentares é produzida pelo SOL e é transferida para os diferentes NÍVEIS TRÓFICOS através das relações alimentares entre os animais. Qualquer "quebra" nesta transferência pode causar um desequilíbrio na estrutura da teia, ou seja, os elos de ligação entre os níveis tróficos são frágeis.
Pense: Como o homem pode interferir na transferência de energia?
O nível trófico corresponde a uma posição na teia (ou cadeia) alimentar. A posição da base da teia, correspondendo ao 1º nível trófico, é ocupada por produtores (em uma CADEIA DE PASTEJO) ou por matéria orgânica (em uma CADEIA DE DETRITOS). O 2º nível é ocupado pelos consumidores primários, que são herbívoros na cadeia de pastejo e detritívoros na cadeia de detritos. O 3º e próximos níveis são ocupados por carnívoros consumidores secundários, terciários, etc.
Veja nos exemplos abaixo os níveis tróficos e como um mesmo organismo pode pertencer a diferentes níveis, dependendo da cadeia trófica em que está envolvido. Usamos como exemplo o homem, que é onívoro, ou seja, pode consumir alimentos de origem vegetal e animal, inserido em duas cadeias de pastejo e uma cadeia de detritos.
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