Origami na Educação |
Universidade Estadual Paulista U N E S P |
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Enio Yoshinori Hayasaka Pequena História sobre Origami Origami na Educação
Tanto no Japão como na Espanha, as possibilidades educativas que a arte de dobrar papéis poderiam proporcionar estavam muito claras. Na Europa, em 1837, a primeira escola de jardim da infância (kindergarten) surgiu com o pedagogo alemão Friedrich Froebel. Ele teria sido o primeiro a utilizar a papiroflexia como ferramenta educacional. Para Froebel, a criança deve começar dobrando o papel e reconhecendo os princípios da geometria euclidiana. Depois descobrir a vida, fazendo as dobraduras de animais e plantas. Finalmente, é estimular o senso estético, através da contemplação das dobraduras através de uma exposição. Essa perspectiva chegou ao Japão durante o Período Meiji, (1868 a 1912), fase de ampla abertura do Japão para o Ocidente e teve aceitação imediata. No Brasil, o uso pioneiro do Origami no Ensino Fundamental é atribuído a Yachiyo Koda que através da Aliança Cultural Brasil e Japão, teria oferecido várias oficinas a educadores e professores. A arte-educadora Lena Aschenbach (também conhecida como "Lena das dobraduras") especializou-se em Origami, e entre suas obras está o livro "Histórias e atividades pedagógicas com Origami". O uso de origami na Educação é mais difundido no ensino de Geometria. Veja os registros: “Utilização da arte do origami no ensino de geometria” por Sheng e colaboradores “O Origami como Ferramenta de Apoio ao Ensino de Geometria” por Cruz e Gonschorowski “Origami matemática e sentimento” por Oliveira “Origami no ensino da geometria” por Nascimento, Alves e Hiratsuka “Origami como quebra-cabeça: estudo dos Poliedros de Platão” por Takamori e colaboradores “Explorando Geometria com Origami” por Cavacami e Furuya (2008) “Origami simétrico: geometria e aplicações na arquitetura” por Matsubara e Celani “ Brincando com a geometria das dobraduras” por Rodrigues e colaboradores “Uma atividade orientadora de ensino: o problema deliano” por Alves e Cedro
Lista de sites Explorando a geometria euclidiana com origami da Profa Yolanda K. Saito Furuya (UFSc) Orig4mi . Origami na ciência, tecnologia e design do Prof Jorge C Lucero da UnB
O Professor Jorge C. Lucero da UnB e autor do blogue “Origami na ciência, tecnologia e design” ao se referir ao trabalho de Alves & Cedro registrou: “Notem também que todas as construções geométricas que podem ser feitas com régua (sem marcas) e compasso, também podem ser feitas apenas dobrando uma folha de papel. A afirmação inversa não é verdade, pois com dobraduras podemos, também, calcular raízes cúbicas (como no problema Deliano), trissectar ângulos, construir um heptágono regular, e muito mais. A dobradura é, de fato, uma ferramenta geométrica mais poderosa que a combinação de régua (sem marcas) e compasso.” No nível acadêmico mais avançado, o origami pode ser usado para representar moléculas tridimensionalmente (“origami molecular”). Sepel e Loreto (2007) publicaram pela Sociedade Brasileira de Genética (SBG) o artigo “Estrutura do DNA em origami-possibilidades didáticas” onde a aplicação do origami é incentivada. Outro exemplo interessante é o do Núcleo de Difusão Biotecnológica da UFPB que publicou o “DNA em Origami”. Baixe aqui papel para impressão e instruções para as dobras (em inglês). Surpreendentemente, diante de tantos origamis tradicionais e criativos de plantas e animais, não há relatos de experiências didáticas brasileiras no ensino de Ciências ou Biologia. É por uma dessas razões que os autores propõem uma atividade sobre o uso do Origami nas aulas de Ciências do Ensino Fundamental.
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