No Brasil há ainda um grave problema de saúde pública que é a ancilostomose, popularmente conhecida como amarelão. O nome amarelão faz referência à cor amarelada que o indivíduo infectado apresenta. Essa cor é resultado de anemia causada pelo verme parasita ao usar sangue do hospedeiro, que lhe serve de   alimento, e também ao levá-lo a perder sangue através das feridas que deixa na mucosa intestinal onde o parasita se fixa. O amarelão também é uma doença causada por nematelmintos. As duas espécies principais são o Ancylostoma duodenale e o Necator americanus, que parasitam cerca de 900 milhões de pessoas no mundo e matam 60 mil anualmente. O Ancylostoma duodenale adulto possui de 8 a 18 mm de comprimento e de 400 a 600 mm de largura (1 micrômetro corresponde a uma das partes resultantes de um milímetro dividido em 1000). O Necator americanus pode medir de 5 a 11 mm de comprimento e de 300 a 350 mm de largura.

Após a cópula, as fêmeas desses nematelmintos liberam ovos no intestino delgado humano, que são eliminados junto com as fezes. No solo e em condições adequadas, como boa oxigenação, alta umidade e temperatura elevada, dos ovos sairão larvas que, após várias transformações, alcançarão um estágio infectante. Nessa forma, poderão penetrar pela pele, conjuntiva, mucosas ou por via oral, quando houver a ingestão de alimentos ou água contaminados. A penetração da larva na pele causa uma sensação de “picada”, com aparecimento de vermelhidão, prurido e inchaço (edema) na região. Desse local ela vai para a corrente sanguínea e leva alguns dias sofrendo várias transformações, até alcançar o intestino delgado. Nessa região atingirá o estágio adulto tornando-se capaz de copular e liberar ovos. A infecção provoca dor abdominal, perda do apetite, náuseas, vômitos e diarréia, que pode ser ou não acompanhada de sangue. Também pode causar anemia, visto que, no intestino delgado, os adultos dessa espécie também aderem à mucosa intestinal e alimentam-se intensamente do sangue do hospedeiro. A ancilostomose ocorre preferencialmente em crianças com mais de seis anos, adolescentes e em indivíduos mais velhos.

Ciclo de vida

 
Ancilostomose

 

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