Biologia Geral das Aves


  

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Biologia geral das aves

 

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Contato

 

Introdução

Bicos das aves e a alimentação

Asas e pés das aves

Como são e para que servem as penas das aves?

Como as aves voam?

Como se reproduzem e como são os ninhos?

Como as aves cantam?

 

 

 

Como é o bico ?

 

O bico das aves é formado de duas partes: a mandíbula superior e mandíbula inferior. A forma do bico varia muito em função do hábito alimentar ou seja, depende do que uma ave se alimenta.

Também no bico situa-se o par de narinas por onde o ar entra e sai durante a respiração.

 

 

Diversidade e adaptação dos Bicos

 

 

Todo mundo sabe que os mamíferos possuem dentes e usam-nos para triturarem o alimento antes de engolir, não é verdade? A sua mãe já deve ter recomendado várias vezes: filho, mastigue bem a comida antes de engolir! Mas as aves são banguelas, ou seja, não possuem dentes e engolem o alimento sem mastigar!

 

E como as aves que comem grãos e sementes resolvem o problema? É fácil: possuem uma solução alternativa aos dentes, ou seja, um órgão muscular triturador chamado moela que fica antes do estômago. Na moela, os grãos são quebrados em pedacinhos menores para facilitar a digestão química. Já as aves que comem alimentos macios como carne, polpas de frutas, néctar, etc., não precisam de moela.

 

As aves são carnívoras (comedoras de outros animais), herbívoras (comedoras de plantas) ou onívoras (comem as duas coisas). E para cada tipo de alimento, um tipo de bico. Os bicos são práticos: desgastam com o uso mas são renovadas durante toda a vida! Veja a diversidade de bicos de diferentes aves.

 
 

 

Tipo de bico

O que come?

O bico longo funciona como uma pinça para capturar pequenas presas e furar frutas maduras. É assim que o bem-te-vi alimenta-se de uma dieta onívora.

As aves que se alimentam de sementes ou grãos duros, usam a força do bico na sua base, como faz esse colerinho para quebrar a casca. As aves que se alimentam de sementes possuem bicos cônicos.

 

A viuvinha é uma ave tipicamente insetívora. Ela fica empoleirada num ponto bem alto de uma árvore, espera e observa a aproximação dos insetos e captura-os em pleno vôo.

 

As aves que se alimentam de carne possuem bicos fortes e em forma de gancho para cortar e rasgar como o gavião carijó que se alimenta-se de pequenos verterados.

 

 

 

O urubú-de-cabeça-preta   possui o mesmo padrão de bico porém mais longo. Ele não caça mas se alimenta da carcaça de outros animais.

As aves que se alimentam do néctar das flores como o beija-flor possuem bicos longos e língua compridos. O bico longo permite alcançar os nectários, locais de armazenamento do néctar das flores.

O pica-pau-de-topete-vermelho está sempre bicando os troncos  de árvores à procura de  larvas de insetos. Além de um bico forte, possui uma língua excepcionalmente longa para capturar as larvas que ficam escondidas dentro da árvore.

As aves que se alimentam de frutos maduros e partes macias das plantas não possuem bicos duros. É o caso da jacupemba.

O talha-mar, ave do Pantanal, possui o bico inferior mais longo do que superior. Em vôo rasante sobre superfície da água com o bico inferior aberto e dentro da água, captura os peixes que encontra no caminho!

O periquito-de-encontro-amarelo possui um bico curto para obter força na base para quebrar nozes e a ponta curva para  para remover a amêndoa. Um detalhe:  veja o uso da pata para segurar enquanto o bico trabalha.

 

No JB flagramos várias aves se alimentando durante as nossas observações. A utilização de recursos alimentares pelas aves varia ao longo do ano em função das estações e do hábito alimentar e do habitat. 

 

Assim, há aves que descem até o chão para procurar alimento (sabiás, tico-tico, rolinhas, maria-faceira, etc.) e outras que jamais são vistos no solo (beija-flores, bem-te-vi, ferreirinho-relógio, tucano, etc.). Na região do lago observamos a jaçanã caminhando entre a vegetação e capturando pequenos insetos e até peixes. É fascinante observar o vôo rasante do bentevizinho-de-penacho-vermelho capturando peixes na superfície da água ou a andorinha-serradora bebendo água. Por outro lado, outras aves nunca são vistas próximos a região do lago.

 

A riqueza da avifauna local está intimamente associada à ocorrência de recursos alimentares e reprodutivos, bem como a ausência de predação humana.

 

Exemplo de ave Comportamento alimentar
 

Flagramos o sovi capturando uma pequena ave em pleno vôo com uma das patas e, em seguida, alimentando-se no alto de um eucalipto. Com um pé prendia a presa sobre o galho e com o bico rasgava a carne. 

Ouvimos o som ritmado de tamborilar e identificamos o pica-pau-banda-branca, dando voltas em torno do galho na posição vertical e alimentando-se de larvas.

A viuvinha fica pousada bem no alto da copa das árvores, aguardando o momento certo para capturar insetos em pleno vôo.

O sabiá desce ao chão para procurar alimento. Quando forrageia entre as folhas caídas é muito difícil localizá-lo pois confunde-se facilmente com o ambiente.

O tiziu alimenta-se de sementes de gramíneas mas os filhotes são alimentados com larvas de insetos.

Em torno do lago vimos a maria-faceira capturando precisamente um verme com o seu bico em forma de pinça.

Outra ave pernalta que vimos forrageando o JB foi um casal de seriema, porém em local mais seco, distante do lago.

 

 

 

Outras funções dos Bicos

 

 

As aves usam os bicos não só para se alimentarem como também para transportarem materiais, construir ninhos e pentear as penas.

 

Veja o ninho construído pelo casal de caneleiro-de-chapeu-preto, no alto do pé de eucalipto. Não é admirável o fato dele usar apenas o bico para trançar as fibras? O interessante é que todo ano o casal volta ao mesmo sitio e recicla o material do ninho antigo.

Aqui está o suiriri ajeitando as penas das asas com o bico. Além de pentear as penas que devem estar sempre alinhadas para o vôo, o bico serve para fazer a higiene pessoal e dos filhotes.

Durante os rituais de acasalamento o bico pode ser usado para fazer um cafuné como observamos entre o casal de pombão