As amebas são protozoários que se locomovem por meio de expansões citoplasmáticas resultantes de modificações na membrana celular, os pseudópodes (do grego pseudo = falso, e podos = pé).
Há uma espécie de ameba, a Entamoeba histolytica , que é a causadora da amebíase, doença que possui uma incidência aproximada de 40 a 50 milhões de casos no mundo e causa 100 000 mortes por ano. A Entamoeba histolytica nos contamina, por exemplo, quando ingerimos os cistos junto com alimentos, principalmente verduras cruas e frutas, ou na água contaminada por dejetos humanos.
Esses cistos, quando chegam no final do intestino delgado ou no início do intestino grosso, sofrem desencistamento . Eles perdem a parede cística e dão origem a trofozoítos que irão colonizar o intestino grosso, onde alimentam-se de detritos e bactérias. Depois de algumas divisões nucleares, eles podem dar origem a novos cistos que serão eliminados juntamente com as fezes, ou invadir a submucosa intestinal, indo, através da circulação, atingir outros órgãos como fígado, rim, cérebro, pulmão e até a pele. Nesse segundo caso, quando invade tecidos, o trofozoíto torna-se hematófago, isto é, passa a alimentar-se de hemácias, que são as células vermelhas que constituem o sangue. É nessa circunstância, que o homem infectado, hospedeiro do protozoário parasita, apresenta os sintomas característicos da amebíase: diarréia, às vezes com presença de muco ou sangue, cólicas intestinais e, em alguns casos, febre. Entretanto, em cerca de 80% a 90% das infecções os indivíduos contaminados não apresentam sintomas, são infecções assintomáticas. Apesar disso, os indivíduos infectados liberam cistos da E. histolytica nas fezes e atuam como disseminadores da doença.
Amebíase |
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