O Corpo Humano

 

Dor


Silvia Mitiko Nishida

Felipe Augusto K de Oliveira

Juliana Troll

 

Introdução

 

Receptores

cutâneos

 

Receptores proprioceptivos

 

Receptores

 térmicos

 

Dor

 

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A dor é desagradável mas é essencial para se garantir a integridade do organismo

 

Como assim? Pois é, a dor é uma sensação que causa desconforto emocional e avisa que algo de errado está acontecendo com o nosso corpo. Nos induz a tomar providências fazendo com que nos afastemos do estimulo causador da dor e procurar ajuda médica.   

 

Segundo a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) a dor está associada ao sintoma de uma doença e está anunciando estado de emergência para o organismo, ou seja, a necessidade de cuidados. A Associação Internacional para o Estudo da Dor define que a "a dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada à lesão tecidual real ou potencial dos tecidos". As dores se manifestam em várias circunstâncias: devido a um trauma (acidente de carro, pancada, etc.); trabalho de parto; cárie no dente; menstruação; apendicite, etc. As dores passam quando a causa é tratada. Há vários tipos de dor duradouros (ou crônicos) que levam meses a anos.

 

Como ocorre a estimulação dos receptores da dor?

 

Há pelo menos três tipos de estímulos nocivos que causam dor: 

Natureza mecânica: beliscão na pele, pancada, contração muscular excessiva, etc.

Natureza térmica: Frio (abaixo de 15oC) ou calor excessivo (acima de 45oC).

Natureza química: substâncias químicas irritantes da pele ou da mucosa (capsaina, presente na pimenta), ácidos e substâncias inflamatórias.   

 

A estimulação do receptor de dor provoca uma reação de defesa inconsciente: você larga o cabo quente da panela e afasta a mão do objeto com calor excessivo e nocivo. Em seguida comprime a região próxima ao local machucado e corre para fazer um curativo.

 

 

 

 

Como ocorre a lesão do tecido?

 

Uma queimadura pode ser causada por vários estímulos lesivos: calor ou frio excessivos, choque elétrico, substâncias químicas ácidas, entre outros. Tomemos as queimaduras como exemplo que é um dos acidentes domésticos mais comuns, infelizmente. Elas podem ser classificadas em:

Queimadura de Primeiro Grau: é a mais superficial e atinge apenas a epiderme. É dolorosa e sara em poucos dias, como a queimadura que ocorre quando não usamos protetor solar.

Queimadura de Segundo Grau: atinge a derme e produz bolhas. Também é muito dolorosa.

Queimadura de Terceiro Grau:mais profunda, atinge músculos e ossos; a região afetada morre e fica enegrecido (ou necrosado). O paciente não sente dor já que as terminações nervosas foram destruídas.   

 

 

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Quando há lesão de células ou tecidos o corpo reage tentando fazer os reparos necessários, por meio de um processo chamado inflamação. Quando o nosso corpo é agredido, não só por queimaduras mas por outros tipos de agressões (corte, picada, pancada, etc.) o processo inflamatório começa com a dilatação dos capilares sanguíneos no local machucado, aumento de permeabilidade desses vasos e a migração de leucócitos (células do sistema imune). O aumento de permeabilidade causa o extravasamento de fluido explicando a ocorrência de inchaço (edema) e a vasodilatação faz com que o fluxo de sangue aumente. É por isso que o local fica quente e avermelhado (hiperemia). As células do sistema imune que chegam atraidas pelos agentes inflamatórios, fagocitam partículas e produzem várias substâncias no local (citocinas, quimiocinas, prostaglandinas, bradicininas, etc.). Entre substâncias que causam a dilatação dos vasos, estão as que estimulam diretamente os terminais nervosos causando dor e outros que os deixam mais sensíveis. Eis porque o processo inflamatório é bastante dolorido.

 

Mas por que o local inflamado fica tão dolorido?

Sentindo dor a nossa tendência será a de não deixar ninguém ou nada aproximar do local inflamado. Ou seja, o local será protegido com mais eficácia. Além disso, a dor nos deixa desmotivados, tornando-nos menos ativos o que equivale a reduzir os riscos de injuriar o local novamente. Além de alertar para uma emergência, assume uma função preventiva. Quando o local machucado fica curado, a dor então também "passa".

 

Haveria alguma vantagem em não sentir dor? 

Não, nenhuma. Se não sentíssemos dor, certamente não sobreviveríamos e ficaríamos fisicamente deformados. Tomemos a hanseníase (ou lepra) como exemplo. Trata-se de uma doença infecto-contagiosa, totalmente curável, e que é causada pela micobactéria Mycobacterium leprae. A bactéria parasita as células de Schwann responsáveis pela produção de mielina que envolve as fibras nervosas periféricas. Quando os neurônios perdem a mielina, os impulsos nervosos deixam de ser enviados de e para o sistema nervoso central. A região afetada da pele fica ferida e perde a sensibilidade ao toque, às variações de temperatura e aos estímulos dolorosos. Os pacientes que não buscam tratamento, a longo prazo, ficam fisicamente deformados pois deixando de sentir dor, ignoram os machucados, desgastam as articulações, etc.

 

Dores do dia-a-dia

 

Cólicas menstruais. Quando o óvulo não é fertilizado, o útero contrai poderosamente para eliminar o endométrio em descamação. Quando essas contrações ocorrem, estimulam os receptores nociceptivos das paredes uterinas e muitas mulheres experimentam cólicas muito intensas.

 

Dores de cabeça. As dores de cabeça é devida à irritação das meninges ou dos vasos sanguíneos cerebrais. O tecido cerebral não possui terminais nociceptivos e, portanto, "não dói"

 

Queimaduras Primeiros Socorros (Hospital Albert Einstein)

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